QUADRO DE ACONSELHAMENTO BÍBLICO - 13/05/2020
Mulher Cristã Casada com Homem Não Cristão E Vice-Versa (1ª Parte).
"E, se uma mulher cristã é casada com um homem que não é cristão, e ele concorda em continuar vivendo com ela, que ela não se divorcie dele. Pois Deus aceita o homem que não é cristão por ele estar unido com a sua esposa cristã; e aceita a mulher que não é cristã por ela estar unida com o seu marido cristão. Se não fosse assim, os filhos deles não pertenceriam a Deus. Mas, sendo assim, eles pertencem. Porém, se o marido não cristão ou a esposa não cristã quiser o divórcio, então que se divorcie. Nesses casos o marido cristão ou a esposa cristã está livre para fazer como quiser, pois Deus chamou vocês para viverem em paz."
Prezado(a),
A relação conjugal em que apenas um é transformado pelo Espírito Santo deve ser tratada com bastante cautela, visto que se trata de uma aliança unida e testemunhada pelo SENHOR.
O apóstolo Paulo ministrou conselhos preciosos para a igreja em Corinto no que se refere à convivência matrimonial de jugo desigual. É necessário que maridos e esposas cristãos se inspirem em todas as orientações bíblicas, respaldando a fé em um posicionamento coerente e que venha a agradar a DEUS.
Paulo começa o conselho ainda na esfera da convivência. Se alguma mulher cristã tem marido descrente, ímpio, e este deseja habitar (manter relação sexual com ela), a mesma não deve evitar, impedi-lo. Ou seja, a diferença na condição espiritual de ambos não deve ser empecilho para a satisfação sexual do casal. O verbo habitar nesse versículo não pode ser interpretado como sendo desejo de morar, visto que a esposa cristã já tem o seu marido, ou seja, já convive com ele.
Não era comum nem normal, naquele tempo, pessoas licitamente casadas aos olhos de DEUS (primeiro casamento de ambos) viverem separadas fisicamente, em casas diferentes, como ocorre nos dias atuais. O casamento era um chamado à responsabilidade mútua. Responsabilidade em assumir, especialmente, a convivência familiar e outras oriundas dessa responsabilidade maior.
Na esfera dessa convivência, cabe a esposa santificar o seu marido, trazê-lo para bem mais próximo do Reino de DEUS, não por meio de palavras, mas pelas atitudes sábias, em silêncio, de boca fechada. A esposa sábia é aquela que privilegia mais os bons procedimentos que as palavras e os argumentos. Veja o que também aconselhou o apóstolo Pedro em sua 1ª epístola 3:1-2, "Assim também você, esposa, deve obedecer ao seu marido a fim de que, se ele não crê na mensagem de Deus, seja levado a crer pelo modo de você agir. Não será preciso dizer nada, pois ele verá como a conduta de você é honesta e respeitosa."
O sexo saudável é um dos caminhos importantes para a edificação do lar. O inverso disso também pode levá-lo à destruição. Paulo chega a relacionar o bom procedimento da esposa cristã a um lar abençoado, especialmente na repercussão na vida dos filhos. Em seguida, logo na introdução do versículo 15, ele considera: “Mas se o descrente quiser se apartar” (o verbo aparta-se significa separar-se) que a esposa aceite essa separação, não colocando barreiras nem obstáculos. Que triste é forçar uma convivência com alguém!
Alguém conviver sem prazer, sem alegria, sem desejo algum, é o mesmo que obrigar a pessoa a comer algo que faz muito mal a ela; ou forçá-la a viver em um lugar onde apenas a desperte repugnância. Infelizmente, muitas esposas e maridos cristãos, à beira de uma separação, não aceitam, de forma alguma, a separação. Alguns até se humilham, choram, promovem cenas deploráveis, insinuando morte, suicídio e coisas parecidas, fazendo um verdadeiro jogo teatral. (fc/psicoteólogo)