A
Bíblia satânica, escrita por Anton Szandor LaVey, fundador da Igreja de
satanás, é um livro de 272 páginas a favor do diabo. Publicada em 1969,
tornou-se instantaneamente êxito de livraria, atingindo a marca de meio milhão
de exemplares vendidos. Em alguns campi de faculdades, ela era mais vendida do
que a Bíblia Cristã (para cada Bíblia Cristã, 10 exemplares da Bíblia satânica
[está informação se encontra no vídeo Adoradores do Diabo]).
O
livro inicia com uma explicação de LaVey do motivo por que ele veio a aceitar a
filosofia hedonista. Aos 16 anos, LaVey tornou-se músico de uma boate, e nessa
época diz ele que observava, nos sábados à noite, "homens olhando com
luxúria as moças que dançavam na boate, e no dia seguinte, enquanto eu tocava
órgão em uma igreja situada no mesmo quarteirão onde ficava a boate, via esses
mesmos homens sentados nos bancos com suas esposas e filhos, pedindo a Deus que
lhes perdoasse e os purificasse dos desejos carnais.
Mas no sábado seguinte, lá
estavam de volta à boate ou a outro lugar de vício. Concluí então que a igreja
cristã prospera na hipocrisia e que a natureza do homem termina por domina-lo"(
Anton Szandor LaVey, A Bíblia satânica, Avon Books, Nova York, N. Y., 1969).
Logo
no começo do livro, as Nove Declarações satânicas esclarecem as doutrinas de
LaVey. Cito-as a seguir para que o leitor possa ver com clareza quão hedionda é
a base do satanismo moderno. Ter consciência disto ajudará a identificar tais
idéias quando forem reveladas por alguém que esteja envolvido no satanismo.
(...)
As 9 Declarações satânicas são:
1.
Satanás representa a licenciosidade, em vez da abstinência e autocontrole.
2.
Satanás representa a existência vital, em vez de sonhos espirituais ilusórios.
3.
Satanás representa a sabedoria incontaminada, em vez de autoengano hipócrita.
4.
Satanás representa bondade aos que a merecem, em vez de amor desperdiçado com
ingratos.
5.
Satanás representa a vingança, e não o oferecimento da outra face.
6.
Satanás representa responsabilidade para como os responsáveis, em vez de
preocupação pelos vampiros psíquicos.
7.
Satanás vê o homem exatamente como um simples animal, às vezes melhor, todavia
mais frequentemente pior do que os que andam sobre quatro patas, e devido ao
seu "desenvolvimento espiritual e intelectual divino", tem-se tornado
o mais feroz de todos os animais.
8.
Satanás representa todos os assim chamados pecados, visto que todos eles
conduzem à satisfação física, mental e emocional.
9.
Satanás tem sido o melhor amigo que a igreja já teve, visto que ele a tem
mantido ativa durante todos esses anos.
(...)
Mas a Bíblia satânica vai muito mais longe. Uma vez que a blasfêmia é parte
integrante da adoração de satanás, LaVey inclui invectivas ultrajantes
arremetidas contra Deus. "Enfio meu dedo indicador no sangue aguado do teu
impotente e louco redentor, e escrevo sobre sua testa rasgada de espinhos: O
VERDADEIRO príncipe do mal, o rei de todos os escravos".
Para
o caos de isso não ser bastante ofensivo, ele acrescenta: "Olho firme no
olho vidrado de seu medroso Jeová e puxo-o pela barba; ergo um largo machado e
parto em duas sua caveira comida de vermes". (Anton Szandor LaVey, A
Bíblia satânica, Avon Books, Nova York, N. Y., 1969, p. 30)
A
mentira, a libertinagem e os pecados são perdoados ao longo da Bíblia satânica,
e não apenas nas Nove Declarações. A ideologia de LaVey baseia-se na satisfação
imediata."A vida é a grande libertinagem – a morte é a grande abstinência",
proclama LaVey. "Não existe nenhum céu brilhante glória, e nenhum inferno
onde os pecadores assam... nenhum redentor vive!".( Anton Szandor LaVey, A
Bíblia Satânica, Avon Books, Nova York, N. Y., 1969, p. 33)
O
sacrifício humano é desculpado com argumentos cuidadosamente elaborados. (...)
(...) Para inflamar ainda mais seus leitores, LaVey acrescenta: "Os cães
loucos são destruídos , e eles necessitam de ajuda muito mais do que os seres
humanos que espumam pela boca durante o seu comportamento irracional...
portanto , você tem todo o direito de (simbolicamente) destruí-los, e se a sua
maldição provoca o aniquilamento real deles, regozije-se por ter sido usado com
instrumento para livrar o mundo de uma peste".(Anton Szandor LaVey, A
Bíblia Satânica, Avon Books, Nova York, N.Y., 1969, p. 33)
(...)
A filosofia de LaVey conduz normalmente ao crime e à violência. Os satanistas
estão determinados a desobedecer a todos os dez mandamentos da Bíblia e cometer
os pecados que Deus abomina, tais como: orgulho, mentira, homicídio, ter um
coração perverso, ser rápido em praticar o mal, dar falso testemunho e promover
discórdia, etc. (ver Provérbios 6:16-19).
(...)
Para LaVey, o verdadeiro inimigo do homem é o senitmento de culpa instilado
pelo cristianismo, e o caminho para a liberdade do indivíduo é a prática
constante do pecado. LaVey admite que não considera coisa alguma como
sobrenatural, e que se inclina para a escola de magia de Aleister Crowley, que
se baseia no enfoque científico do paranormal.
(...)
Além dos livros de LaVey, os membros são incentivados a ler os escritos de Ayn
Rand, Friedrich Nietzsche e Maquiavel, em virtude da ênfase que esses autores
dão à conquista da auto-suficiência através do potencial humano. Executam-se
três tipos de rituais: rituais sexuais para satisfazer o erotismo, rituais
compassivos para ajudar alguém e rituais destrutivos para obter vingança.
(Larry Kahner, Seitas que matam, Nova York, N. Y., 1988)
Fonte:
www elnet.com.br