Em qual parte da Bíblia está escrito que
Deus lança nossos pecados, no mar do esquecimento?
A
Bíblia responde:
Curioso
imaginar que tanta gente faça esse tipo de pesquisa. Talvez alguém tenha lhe
dito: “ih, mar do esquecimento nem está na Bíblia”, na intenção de mostrar que
a pessoa está sendo ludibriada, ou ela mesma quer provar aos cristãos que eles
inventam coisas, ou quem sabe seja alguém genuinamente preocupado em saber se
seus pecados serão realmente lançados no mar do esquecimento, pois quer ser
perdoado por Deus.
Em
todo caso, achei que seria pertinente escrever sobre isso aqui, para que, seja
qual for a intenção da busca, quem chegar aqui encontre uma resposta a respeito
do tal “mar do esquecimento”. Costumamos
dizer que Deus lança nossos pecados no mar do esquecimento, e deles não se
lembra mais, quando realmente nos arrependemos de nossos erros e pedimos a Ele
perdão sincero. Isso é verdade. Mas se você busca o termo completo “mar do
esquecimento” na Bíblia, o encontra? Vou explicar a origem desse termo.
Em Miqueias 7:18,19 diz: “Quem, oh Deus, é semelhante a ti, que
perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança?
O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.
Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará
todos os nossos pecados nas profundezas do mar.”
Esta
passagem maravilhosa fala a respeito do caráter misericordioso de Deus. Mesmo
no Antigo Testamento, antes do tempo da Graça, Deus não era o ser cruel e
implacável que muita gente até hoje acredita que Ele é (essas pessoas,
obviamente, não o conhecem). Quando diante do verdadeiro arrependimento, Ele
não pensa duas vezes antes de perdoar a iniquidade e esquecer da transgressão
do Seu povo. Volta a ter compaixão de nós e lança nossos pecados nas
profundezas do mar.
Em
Isaías 43:25 o próprio Deus diz: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas
transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro“. Não
me lembro de ter lido o termo exato “mar do esquecimento”, mas como a passagem
de Miqueias diz que Deus esquece de nossas transgressões e lança todos os
nossos pecados nas “profundezas do mar”, Isaías diz que Ele não se lembra de
nossos pecados, e já sabendo que Deus não tem nenhum problema crônico de
memória, e sabendo também que nenhuma expedição submarina encontrou toneladas
de pecados incrustados de corais no fundo do mar, entendemos, de uma forma até
mesmo bem poética, que este é o “mar do esquecimento”.
Deus,
que não se esquece de nada, pois é perfeito (e não, não tem problemas de
memória), se permite não lembrar, ignorar, todos os nossos pecados, nos dando a
chance de, diante dEle, começar de novo. O “mar do esquecimento” é, então,
figura do grande perdão de Deus. Quando você lança algo nas profundezas do mar,
teoricamente aquilo nunca mais será encontrado (não entremos na discussão sobre
as expedições submarinas existentes hoje. Quem, em sã consciência, sairia em
busca de pecados submersos? Só se procura algo que tenha valor. Se você jogar
uma coisa insignificante no fundo do oceano – acredite – ninguém irá ver, nem
procurar), nem visto.
Quando
pensamos em “perdoar”, geralmente não temos em mente essa ideia de desaparecer
com aquela iniquidade. Perdoamos nossos irmãos, mas sempre podemos visualizar o
que nos fizeram. O perdão, humanamente falando, não costuma estar atrelado ao
esquecimento. Mas o perdão divino inclui o desaparecimento daquela iniquidade.
Deus a lança em um lugar de onde ela nunca mais voltará e no qual ela não
poderá mais ser vista por Ele. Por isso o reforço nesta ideia de esquecimento,
dizendo que Ele lança nossos pecados nas profundezas do mar.
Não
me interessa saber se o mar do esquecimento existe ou não, não faz a menor
diferença, pois de qualquer maneira o Mar do Esquecimento é uma metáfora que me
faz ver o quanto Deus é maravilhoso, a ponto de escolher não se lembrar dos
meus erros, quando eu realmente me arrependo e peço perdão a Ele, decidindo
nunca mais cometer aquele pecado. E
se Deus é tão misericordioso a ponto de escolher se esquecer de meus pecados,
quem sou eu para ficar me torturando ao me lembrar deles, dando ouvidos ao
diabo, que é o acusador? E também se Deus, o Criador, o único Santo e puro, que
é o principal ofendido pelos pecados dos homens, escolhe não se lembrar mais do
erro de alguém, quem sou eu para apontar o dedo e julgar uma pessoa por atos
que ela cometeu no passado, e dos quais já se arrependeu? Sou eu maior do que
Deus?
Além
de mostrar a grandeza de Deus e o caráter perdoador do nosso Senhor, essas
passagens deixam claro que o homem deve ser grato por essa misericórdia e
recolher-se à sua insignificância, deixando essa mania arrogante de querer se
apegar às picuinhas para tentar provar que está certo e que Deus veja só está
errado. (pesquisado por yahoo)