QUADRO: CURIOSIDADES BÍBLICAS (2ª PARTE)
O que Jesus quis dizer em Mateus 14:1-12,
"Naquele tempo ouviu Herodes, o tetrarca, a fama de Jesus, e disse aos seus criados: Este é João o Batista; ressuscitou dos mortos, e por isso estas maravilhas operam nele. Porque Herodes tinha prendido João, e tinha-o maniatado e encerrado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe; porque João lhe dissera: Não te é lícito possuí-la. E, querendo matá-lo, temia o povo; porque o tinham como profeta. Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes. Por isso prometeu, com juramento, dar-lhe tudo o que pedisse; E ela, instruída previamente por sua mãe, disse: Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João o Batista. E o rei afligiu-se, mas, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que se lhe desse. E mandou degolar João no cárcere. E a sua cabeça foi trazida num prato, e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe. E chegaram os seus discípulos, e levaram o corpo, e o sepultaram; e foram anunciá-lo a Jesus"?
A Morte de João Batista
Depois que João foi preso, Antipas, querendo matá-lo, temia o povo. Aparentemente, isso parece ir de encontro com a afirmação de Marcos (conforme está escrito no texto grego): “E Herodias o espiava e queria matá-lo, mas não podia; porque Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo; e guardava-o com segurança e fazia muitas coisas, atendendo-o, e de boa vontade o ouvia” (Mc 6.19-20). Mas é preciso lembrar novamente que Mateus tinha o hábito de observar as coisas de longe, omitindo detalhes e incluindo apenas observações gerais. Parece não haver dúvida de que Antipas queria mandar executar João. Carr inclui esse útil comentário: “A narrativa de Marcos nos dá um quadro das intrigas internas da corte e provas do forte questionamento de alguma testemunha ocular dos fatos”.
Herodias suportou a situação por algum tempo. Ela esperava uma ocasião apropriada para submeter o profeta aos seus desígnios assassinos. Finalmente chegou o momento - o dia natalício de Herodes. Com toda a esperteza e malícia que uma mulher inteligente consegue acumular, ela formulou o seu plano. Estava tão desesperada para realizar esse feito covarde que se dispôs a desgraçar sua filha (Salomé) aconselhando -a executar uma dança sensual à frente de um grupo de homens embriagados.
Sua astúcia foi recompensada. Herodes, bêbado e apaixonado, prometeu, com juramento dar à jovem tudo o que pedisse. Ela, instruída previamente por sua mãe, pediu a cabeça de João Batista em um prato. Mas esse relato parece estar em conflito com a afirmação de Marcos de que a jovem saiu e perguntou à sua mãe o que deveria pedir (Mc 6.24). A solução do problema é simplesmente corrigir a tradução de Mateus. A frase instruída previamente deve ser traduzida como “incitada” *ou “instigada”. De acordo com o seu costume de fazer generalizações, Mateus simplesmente afirma que Salomé agiu instigada pela mãe. Marcos, seguindo sua própria característica, preenche os detalhes de que ela saiu e consultou sua mãe.
O rei, título de cortesia para o tetrarca, ficou triste. Isso está de acordo com o quadro que Marcos fez de Antipas, onde diz que ele talvez gostasse de João secretamente e talvez também tivesse medo dele. Mas, por causa dos convidados, Herodes manteve sua promessa e ordenou a execução. A cabeça de João Batista foi oferecida à jovem e ela a ofereceu à mãe. Seu corpo foi enterrado pelos discípulos entristecidos. O ódio humano havia vencido a batalha.
Essa dramática história pode ser facilmente resumida. Podemos pensar em: 1) A filha dançando; 2) O déspota embriagado; 3) O ato covarde. (Beacon)
- EVANGELIZING AND EDIFYING LIVES ON THE CORNERSTONE
-EVANGELIZANDO E EDIFICANDO VIDAS SOBRE A PEDRA ANGULAR