No dia 23 de agosto, uma quinta-feira, por volta das 18h, quando o dia já escurecendo, eu estava passando pelo morro Santa Teresa, na esquina da Rua Dona Malvina com a Prisma, trabalhando no táxi, quando uma jovem senhora fez sinal e eu parei para ela entrar com mais quatro crianças. Então, ela pediu-me que fosse um pouco mais adiante para pegar também seus primos. Na hora não percebi, mas era uma emboscada. Quando chegamos no local onde os rapazes estavam, a senhora e as crianças desceram e quatro rapazes, com idades entre catorze e dezessete anos, usando bonés, entraram no carro. Eu ainda não havia percebido do que se tratava. Primeiro eles pediram que eu os levasse até o bairro Cristal. Chegando lá, três que estavam atrás desceram e foram em um armazém comprar refrigerante e bolacha. Depois, pediram que eu fosse até o bairro Vila Nova.
Enquanto eu dirigia, eles
pediram para escutar pagode. Eu disse que era crente e, por isso, não escutava
esse tipo de música. Eu ainda não sabia de nada do que aconteceria, e essa foi
uma porta para que eu começasse a pregar a Palavra de Deus para eles. Quando
chegamos ao bairro Vila Nova, entramos em uma vila ao lado do cemitério, onde
eles desceram, entraram em uma casa e logo retornaram. Depois, eles pediram que
eu parasse em frente a um minimercado na rua Monte Cristo e esperasse. Depois
de poucos minutos, os três que haviam descido voltaram correndo com um saco
plástico cheio de dinheiro e moedas, ordenando aos berros “pisa fundo!” Só então
entendi o que estava acontecendo! Eles acabavam de assaltar aquele
estabelecimento.
Vi que o rapaz que estava
sentado ao meu lado, no banco do carona, estava armado. Desci a Av. Cavalhada
em alta velocidade, clamando a Deus em espírito, pois, de uma hora para outra,
estava sendo sequestrado! Perto da Vila Cruzeiro, eles mandaram que eu parasse
em frente a outro mercado no bairro Cristal. Enquanto um deles ficou no carro,
os outros três desceram e assaltaram aquele lugar também. Voltaram correndo e
novamente tive que sair em alta velocidade com o táxi. Disse a eles que
poderiam levar o carro, mas que me deixassem livre. Eles responderam que era
para eu levá-los novamente ao local onde tinham sido pegos. Em todo tempo,
fiquei orando, pois a qualquer momento poderiam tirar a minha vida. Entramos em
uma rua sem-saída e, ali, eles mandaram que eu parasse o carro. O que estava na
frente disse “eu não vou te fazer nada porque tu é crente”. Ainda pagaram os R$ 39,00 que estava marcado no taxímetro e desceram do carro.
Quando estavam indo embora, eu
chamei um deles, entreguei um jornal e um folheto da Palavra de Deus e lhe
aconselhei a abandonar a vida do crime. Glorifico a Deus, pois não tenho dúvidas
que Ele me livrou da morte certa! Aleluia! Fiquei uma hora e meia em poder dos
assaltantes, mas não sofri um arranhão sequer. Nem mesmo apontaram a arma para
mim. Mais uma vez cumpre-se a Palavra de Deus: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra!” Sl
34.7.
Ev. Guaraci Oliveira